"Todo viver verdadeiro é encontro" afirma Martin Buber, filósofo e humanista, principal expositor da filosofia do inter-humano. Segundo ele, o homem é um sujeito de relação, e é nesse contexto que ele se desenvolve. Um processo de psicoterapia idealmente recria esse contexto, como um esforço para sanar a excessiva ênfase que a cultura dá ao individual, promovendo rupturas na nossa relação com a mundo, a natureza e na nossa relação conosco mesmos.
Essa borboleta me visitou e ao pousar em meu braço veio me confirmar essa e algumas outras reflexões.
O quanto pode ser transformador ser tocado com delicadeza; que vulnerabilidade, força e beleza caminham juntas; que a sensação de pertencimento pode ir muito além das relações entre humanos; que no encontro empático, as diferenças se encontram, somam forças que liberam crenças arrigadas de separação e polinizam a gestação de novos mundos; que cuidar é SER um ambiente propício ao desenvolvimento como o jardim florido é para a borboleta.
É também enaltecer a singularidade e diversidade, permitir e contemplar o voo confiando que a potência de uma relação não é determinada pelo tempo que ficamos juntos mas na aprendizagem significativa que um proporciona ao outro.
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